sábado, 28 de setembro de 2013

Batman- O filho do Demônio




Sinopse: Batman é obrigado a se aliar ao seu maior adversário para deter um terrorista sanguinário e insano que obtém o controle de uma máquina capaz de manipular o clima. Assim, o Cruzado Encapuzado se vê em uma difícil situação, tendo de caçar o sádico criminoso e, ao mesmo tempo, proteger Talia, a mulher que pode estar carregando em seu ventre o filho do Homem-Morcego.


Roteiro:  Mike W. Barr
Arte: Jerry Bingham
Número de páginas: 88 páginas
Editora: DC Comics – Panini Books





Pitacos da Gibiteria:

Todo o desenrolar da história se inicia quando, depois de um roubo numa fábrica de produtos químicos e de um assassinato, Batman se vê obrigado a se aliar ao seu maior inimigo, Ra’s al Ghul, para combater um terrorista, o Qayin.

Ra’s al Ghul tem uma filha, Talia, que é apaixonada pelo Bruce Wayne. Ao sugerir uma união de forças, Ra’s impõe uma única condição: Bruce deve se casar com a sua filha. A partir deste momento, sob o meu ponto de vista, toda a história envolvendo o Qayin e sua máquina com capacidade de controlar a temperatura climática, tornam-se coadjuvantes.

Ao final da leitura, pude constatar que tudo que havia acabado de ler não era, definitivamente, uma das histórias sobre investigação e comprometimento com a justiça, características predominantes no Batman, mas do solitário Bruce Wayne. Claro que, tamanha variação traria pontos positivos (por não dizer, momentos curiosos?) e negativos então vamos lá mencioná-los.

Os pontos negativos são muitos. Mais uma vez, assim como na resenha do Batman Asilo Arkham, houve uma descaracterização do personagem e nada tem haver com a tentativa de humanizá-lo. Primeiro, quando o Ra’s propõem uma aliança e em seguida oferece a mão da Talia, deixando claro que só aceitaria o sim como resposta ou do contrário não haveria acordo algum e então o Batman aceita sem sequer hesitar(?). Nenhum plano estratégico por trás desse “sim”? Poderia ate pensar que existia alguma ironia nesta resposta, porém o Batman não tem como uma das suas “características” o sarcasmo. Segundo, ao aceitar se casar com Talia e no momento seguinte, declara intenso amor dizendo que “nunca houve espaço para outra mulher em sua vida” (Oi?!). E por fim, depois de todo um diálogo pra lá de meloso, “dorme” com a Talia resultando assim no óbvio, sua gravidez. A partir de então, o Batman começa a repensar seus objetivos e abdicar a carreira de combatente do crime.

"Seus olhos se fecham...e toda vez que isso acontece, ele vê seus pais morrerem." "... ou como padeceu, tendo que crescer sozinho... e rejeitou uma vida normal com família e amigos, impulsionado por uma força maior do que ele mesmo." - Batman. 



Batman e Talia.

Os pontos positivos, se assim poderia dizer, temos um batman humano. Casado e futuramente pai de família, romântico e extremamente cuidadoso e obcecado com a gravidez de sua esposa, reflexos do seu trauma não superado no passado ao ter seus pais mortos e desde então levado uma vida solitária. Um verdadeiro choque para quem vem acompanhando a saga do Morcego e ao mesmo tempo curioso também. O roteirista nos apresentou um Batman que, todos nós em algum momento, desejávamos conhecer caso ele levasse uma vida comum como a nossa (“E se ele não fosse rico?”, “E se ele fosse casado?”, “E se ele fosse um pai de família?”, “E se...? Como seria?”).

Finalizando minha linha de raciocínio, não poderia deixar de mencionar, claro, as ilustrações. A arte do Jerry Bingham bem ao estilo década 70/80, trazendo uma anatomia bem realista dos personagens. Consequentemente, encontramos com o Batman ao estilo clássico (Vocês sabem do que estou falando, né? Aquela sunga por cima da calça!).



Bem, comentários a parte, se tu, guria ou guri, és fã do Morcego então digo que a leitura vale a pena. Nada melhor do que lermos e termos nossa própria opinião. Além disso, é interessante ler algo totalmente fora do previsível.  


Nenhum comentário:

Postar um comentário